Prof. Dr. Tomas Drunkenmolle em palestra para Cátedra Ozires Silva - Curitiba em 08/04/14 (Foto: acervo do ISAE) |
Já dizia meu
avô: - “às vezes é bom levar uma “chacoalhada “ para acordar para a realidade”.
Essa “chacoalhada”
foi o que levamos hoje, pela manhã, quando fomos premiados com a fala do Dr. Tomas Drunkenmölle, que nos despertou
para o formato atual (Atual?? Será? Parece que já vi esse filme... ) da nossa
educação brasileira. Iniciou seu breve
discurso lembrando dos tempos da guerra fria entre Estados Unidos e Rússia
quando um avião considerado quase perfeito mas que , apesar disso, levou a
muitos acidentes provocando muitas
mortes . Preocupados com os motivos dessas falhas, após muitos estudos,
descobriu-se que o problema estava na altura dos pilotos, completamente desiguais
( altos, baixos, medianos ).
Sendo assim,
quando iam fazer alguma manobra importante e rápida os pilotos altos não
conseguiam porque suas pernas eram longas demais e os baixos também não
conseguiam porque as pernas eram curtas demais e assim perdiam o tempo da
manobra o que provocava os acidentes. Comparou então o avião ao nosso Sistema
Público de Ensino criado para a maioria da população (65 a 70%) por oferecer
menor custo tratando a todos como iguais.
No entanto esse sistema deixa de lado os cidadãos com diferentes perfis
o que tem como conseqüência o desinteresse total dos alunos pelos conhecimentos
ministrados.
Segundo o
palestrante, educação é para o ser humano que é diversificado e que traz de
volta a mais alta bonificação. Em
Educação não se deve olhar preço, mas, sim, o retorno desse investimento. O
importante é nos sentirmos capazes de fazer mudanças e de sermos responsáveis
pelo desenvolvimento do país se não quisermos nos sentir sempre fechados em uma
caixa (box in) ou vestindo calçados e
roupas de tamanho único gerando desconforto e mal- estar.
Parece então
que, do que pudemos entender, a chave está aí:
Educação
para pessoas com diferentes perfis e preocupação com a aprendizagem já que, hoje,
o aluno da nova geração (y ou z) desenvolve habilidades que antes não eram
possíveis.
Ao término
de sua fala o Dr. Tomas abriu para perguntas. Ninguém se manifestou num
primeiro momento.
Todos chocados e paralisados sem reação para sair daquela
terrível constatação. Foi uma lição e
tanto.
Obrigada Dr.
Tomas pela “chacoalhada” de hoje. Nos fez muito bem.
Ficaremos
acordados e alertas por um bom tempo.
Que seja
para sempre!
Dulce Torres Graduada em Letras-Inglês pela Pontifícia Universidade
Católica do Paraná (1976) e Mestrado em Ciências da Educação pela Universidade
Internacional de Lisboa (2004).
Especialização em Metodologia do Ensino Superior pela FESP/PR e em Ciências da Educação pela Faculdade
Internacional de Curitiba (FACINTER). Professora/avaliadora do Centro
Universitário UNINTER e da Faculdade Educacional da Lapa. Assessora para
Assuntos Externos junto a Reitoria UNINTER.
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